Caatingueirinha, Potiretama, Ceará
A História da comunidade Caatingueirinha é muito nova assim como toda Comunidade pequena de Cidade pequena e do interio, tem como sua fonte econômica principal e atividade econômica a Agricultura, a comunidade Caatingueirinha se dá por uma árvore chamada
Caatingueira, mas árvore que mas chama atenção para comunidade é uma Árvore chamada de
Pereiro,
O Pereiro da Caatingueirinha já tem História e pode ser considerado Patrimônio da Comunidade, em 1940, quando Manoel Vicente de Moura Chegou começar a construir as primeiras casas da comunidade, ele deixa a árvore no centro da comunidade pois foi local onde ele os filhos se abrgavam, assim aos pouco a comunidade começar a se formar (Relato de Maroca e Maria de Franca), rela também que sempre que havia missa na comunidade Caatingueirinha, seu Manoel Vicente de Moura, colocava a água que sobrava do Batizado para regar a árvore, as primeiras casa eram de taipa, a capela de nossa senhora das Graças da comunidade Caatingueirinha, foi construída na frente do Pereiro, Manoel Vicente de Moura veio de outra comunidade Lapa uma das comunidades mas antigas de Potiretama, a nossa história não muito diferenta de outras comunidade de Potiretama ou e outra cidades do. Interior do Ceará e do Brasil, alguns moradores da comunidade falam que um dos principais problemas era a escaces de água até mesmo para o consumo, para conseguir os moradores da comunidade tinha que se deslocar para os açudes, esses que eram construídos com recurso do Governo mas em propiedades privadas, os patrões diziam que era para todos mas as vezes tinha um cadeado do patrão.
Para conseguir água ele tinha que ir a pé ou em Jumentos Buscar água na ancoretas, os açúdes ficavam muitas vezes a mais de 8 (oito) quilômetros da comunidade, e na maioria das vezes a Água náo era apropido para o Consumo humano, para ter água em casa essa ida até os Açúdes demorava cerca de duas horas ou mais e muitas vezes as mulheres eram quem uiam buscar água e levam seus filhos, que depois iriam assumir essa responsabilidade, pois os home em sua maioria estavam trabalhando para os patrões, na lavoura ou até mesmo na luta do gado ou das casas dos patrões.
Já o trabalho na lavoura era chamado meeiro ou de meia, onde era dividido a produção por meio a meio isso era o que diziam naquela época, pois muitas vezes isso não acontecia as vezes o patrão pedia a medida de 3/2 ou seja de cada 5 sacas da produção 3 era do patrão, com o passar do tempo isso foi Mudando hoje esse número inverteu e muitas vezes ficou menor em muitas propiedades fica (5) Cinco para o Agricultor e um (1) para o Patrão isso depois de muitas lutas, essa que chegavam a ser ameaçados.
E quando essas ameaça não eram com uso da força era por meio da fala do patrão que ou agricultor fazia o que o patrão mandava ou ele era tirado de sua casa ou da comunidade as vezes, em relatos de Agricultores muitas vezes o Patrão colocava o gado dentro da propriedade no período da colheita, isso para quitar suas contas no Banco.
Eram tempos difíceis para povo pois não tinha direitos garantidos, e ter que viver submissos aos mandos dos patrões no período, a escaces tempos de secas, mas aos poucos essas histórias foram mudando o povo começar a entender sobre como deveriam se manifesta e até mesmo o direito de em que votar,
em relatos do povo da comunidade existe um mito envolvendo
o Pereiro da Caatingueirinha, que existe muita Água em baixo da Árvore e que ela não poderia ser derrubada, Muitos falam de uma cama de Baleia, local onde os Peixes vão dormir, e que havia certo período que quando a baleia movimentava a calda cada para ouvir o sono da Água se meche no sub solo, ainda sobre O
Pereiro da Caatingueirinha, ele tem uma Ação climática ele Reage de acordo com os períodos Chuvosos, agindo diferente dos demais Pereiro da região.
História da Hidrografia da Comunidade
No ano de 1960 o padre Leonardus, um holandês que foi designado pela Diocese de Limoeiro do Norte para o município de Iracema, a qual Potiretama fazia parte como um distrito. Este Padre tinha muita relação com os trabalhos sociais. E promoveu alguns serviços para ajudar o povo que necessitava e aqui na Caatingueirinha foi incentivador da construção de um açude, era um ano de seca no nordeste e o trabalho realizado pelos trabalhadores da região e era pago com alimentos, pois as pessoas não tinham o que comer. O açude foi construído nas terras do proprietário Luiz Eduardo, foi dado o nome de “Açude do Padre” e logo depois mudou para “açude do estribo perdido” em virtude de uma queda do padre, onde o mesmo ficou com o pé ficou enganchado no estribo do cavalo. As pessoas carregavam a água em jumentos, ou na cabeça para as necessidade do dia a dia, mas depois o Sr. Luis Eduardo vendeu as terras para o Sr. Mardonio Diógenes, que logo cercou o açude e tirou a posse do açude do povo.
Também tinha outro açude de água doce, que ficava atrás da casa do Sr. Manoel Vicente( fundador da comunidade) onde hoje fica a casa da Gracinha, este arrombou, anos depois tentaram reconstruir, mas a água ficou salinizada. Atualmente quase todos os recursos naturais de água que existe são de água salinizada.
História da Agricultura
Esta teve seu tempo de glória nos anos de 1945 até meados de 70, tinham as plantações de carnaúba, produtos que tava no auge naquela época, tinha investimentos até do governo e dava muita lucratividade as famílias, que na época eram poucas e tinha um padrão de vida mais simples. Mas esta cultura agrícola entrou em decadência, hoje as famílias sobrevivem de aposentadorias, benefícios previdenciários, empregos públicos( minoria) e criação de pequenos animais.
História da Energia Elétrica
Em 1994 foi instalado a rede de energia elétrica, sendo que os políticos falavam neste projetos a mais de 30 anos. Tem iluminação pública e em 199 foi instalado um telefone público, que por sinal é de péssima qualidade, vive com defeito.
História do Posto de Saúde
De 1997 a 1999 a comunidade contava contou com um posto de saúde, onde tinha a farmácia básica e o médico atendia 3 vezes por semana, mas este posto foi destituído pela Administração da prefeita Maria Loisa da Silva, onde o seu esposo o Sr. Antonio Augusto vendeu o prédio a particulares.
História da Cultura
As festas religiosas era muito comemoradas, haviam leilões, quermesses, barracas com comidas típicas e feiras onde se vendiam artefatos diversos. Vinham também comerciantes da sede com carros de mercadorias e se instalavam na feira. Tinha também jogos de argolas e faziam os partidos das rainhas das quermesses( o partido verde e Vermelho) onde ganhava quem arrecadasse mais dinheiro.
Comemorava também o 7 de setembro com a parada da Independência, que na época achávamos que era comemorada a Liberdade, hoje sabemos que estávamos equivocados.
História do Cemitério
Este foi construído em 1964 pelo Sr. Manoel Vicente de Moura com ajuda de alguns amigos, ele saia pedindo contribuições nas comunidades vizinhas e arrecadou dinheiro para a compra e construção do cemitério. Em 2000 os alunos da Alfabetização Solidária e a comunidade fizeram uma campanha para ampliar a cemitério, então o Sr. Acelino Gomes( residente na comunidade) doou o terreno, o Sr. Aliatá Diógenes( residente na sede) doou os tijolos e a comunidade entrou com a mão de obra, então foi feita a ampliação.
História da Associação
No ano de 2005 foi fundada a associação dos Moradores. As pessoas sentiram-se mobilizados depois do Programa de Formação e Mobilização Social, onde conta com uma diretoria de 12 membros, sendo a presidente a Sra. Antonia das gRaças conhecida por Gracinha. De acordo com as pessoas a comunidade melhorou, tornou-se mais unida, cuida melhor do social. Os jovens estão se organizando para formar um grupo, os mesmo já participam de eventos municipais e também do Sindicato dos Trabalhadores(as) Rurais, já participaram do Grito da Terra dois anos e este ano a associada Gracinha e Narlene participam da Marcha das Margaridas em Brasília representando o STTR de Potiretama.Tem também um agente da leitura.
A Associação incentivou a arborização da comunidade, que antes era quase deserta, fizeram palestra falando da importância de preservar e recuperar o Meio ambiente, hoje conta-se com 79 novas árvores novas plantadas depois desse trabalho.
A comunidade Caatingueirinha começa a ganhar visibilidade a partir de 2001 quando se inicia o pragama das costas da placa no semearido.
Casa de Semente, trabalhando a coletividade na solidariedade
A Casa de Sementes da comunidade Caatinguerinha foi formada no dia 13 de dezembro de 2008, constituindo-se de uma experiência bastante recente. A aquisição das sementes ocorreu a partir de uma gincana envolvendo seis comunidades da região com o objetivo de adquirir o máximo de sementes possíveis. A vencedora da gincana foi a comunidade Caatinguerinha com a arrecadação de 90 variedades de sementes tendo como prêmio as sementes. Com estas sementes, a comunidade criou a casa de semente, contando atualmente com 200 variedades, sendo as de maior uso: feijão, milho, sorgo e gergelim.
Para a instalação da Casa de Sementes, a comunidade contou com a assessoria técnica da Cáritas Diocesana de Limoeiro do Norte, bem como a união da população para realização e concretização do estabelecimento.
A principal dificuldade para a instalação da Casa foi a pouca diversidade de sementes encontradas na comunidade, sendo preciso buscá-las em outras localidades próximas e distantes, como as sementes de café e trigo, adquiridas na Serra dos Bastiões, no município de Iracema. Esta busca possibilitou o intercâmbio e troca de saberes entre agricultores e comunidades.
Foram resgatadas sementes da própria região - Potiretama, que antes existiam e que tinham desaparecido devido à falta de produção. Resgatou-se o trigo, gergelim preto, fava, entre outros.
A maior dificuldade é a falta de uma sede própria, pois a casa que está sendo utilizada para guardar as sementes é emprestada de uma família da comunidade. O sonho é conseguir construir uma sede que seja referência e apoio até mesmo nas reuniões.
A Casa de Sementes tem atualmente 450 quilos de sementes armazenadas. Ela é formada por 30 sócios, em sua maioria da própria Caatinguerinha, mais sócios de duas comunidades vizinhas - Bom Futuro e Riacho Seco. É composta por um diretor, um zelador e uma equipe técnica que tem como função garantir a qualidade das sementes que chegam ao estabelecimento.
Para utilizar as sementes, o agricultor e a agricultora devem doar dez litros de qualquer variedade, da qual eles têm direito de retirar sete litros para plantar, os três litros restantes ficam para a manutenção da Casa. Após a colheita, o agricultor e agricultora deverão pagar dez litros e meio para repor o estoque. As sementes são identificadas com o nome do seu doador, garantindo que ele receba uma semente com a mesma qualidade da que doou.
Antes da Casa, os produtores dependiam das sementes do governo. Estas tinham uma limitação de uso, pois só podiam ser utilizadas para plantar, sendo impróprias para o consumo humano e animal, e também possuíam uma produtividade inferior às sementes hoje utilizadas na comunidade.
Com a efetivação da experiência, a comunidade conseguiu sua autonomia frente às sementes do governo. Garantiu diversificação das suas culturas, aumentou sua produtividade e a qualidade dos alimentos produzidos, pois as sementes selecionadas possuem maior resistência às pragas reduzindo o uso de agrotóxico.
Apesar do pouco tempo de existência, a casa de sementes já recebeu visitas de outras comunidades do Ceará, num processo de troca de saberes, difundido sua organização para outros agricultores familiares. “A gente agora é coletivo e solidário, pois a gente não esperava que fosse existir essa coletividade entre nós”, expressa um dos beneficiados. Assim, a experiência da Casa de Sementes de Caatinguerinha garante a coletividade e a solidariedade entre os membros da comunidade, além de ser um importante instrumento na garantia da soberania alimentar e autonomia da agricultura familiar.
Cordel História comunidade.
Vou contar uma história sem enrolação
É do tempo do Cangaço de Lampião
Certo dia saiu no rádio que eles viam pra essa região
Se juntou todo mundo Foi pro Sertão
Foi todo mundo armado até o dedão
Era com rifle Bacamarte e muita munição
Foi tudo a cavalo chega os rastos fundo no chão
Esse povo não era a favor da volante não
nem ao menos das tropas Lampião
O que eles não aceitava era as morte e humilhação.
O que é o nosso povo queria era paz e união
Seu mané Vicente do Moura odiava confusão
Ele pesava pelos respeito e muito mais pela união
união do Povo era o que mais ele queria
Se era para fazer uma coisa todo mundo se unia.
Depois de muito tempo a comunidade crescia
Menino e menina todo ano nascia.
Na hora se tinha batizado era aquela alegria.
Tinha festança na comunidade todo mundo comia
E quando dava casamento enche Maria
Eita povo animado quadrilha só Folia
Todo mundo se conhece se ver todo dia
Comunidade boa essa tal caatigueirinha.
Caatinga caatingueira Caatingueirinha.
Catingueira árvore da caatinga
Pequena árvore caatingueirinha.
Comunidade um pouco pequenina
Grande de muitos valores e bonita
Bonita de olha é com boa moradia.
Da janela ela olha a árvore e sorria.
Sorria quando árvore grande assobia
Com vento entre as folha guia.
Guiar o vento do nascente
Cantando entre folha para frente.
E levando a alegria até o poente.
A música cantada entre a folha
Melodia do vento a sopra
O seu dançar bonito de olha.
Essa árvore o nome é Pereiro
Que faz sombra o dia inteiro
Não se troca nem por dinheiro.
Codel: (Deimy Moura)
Referências
https://youtu.be/AE-EIyqqh-s
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