Uma onda de aprendizado e celebração tomou conta da Escola Municipal Maria Leite da Silva nesta semana! Em sintonia com a Semana Nacional de Museus e as festividades do aniversário de Potiretama, os alunos tiveram um encontro memorável com o historiador local, Deimy Moura.
Em uma verdadeira imersão na cultura potiretamense, Deimy desvendou os fascinantes mistérios que permeiam a lenda da Cama de Baleia do antigo pereiro na Caatingueirinha. Os intrigantes sons de água que emanam da terra e a peculiar floração anual da árvore ganharam novas camadas de significado sob a sua experiente narrativa.
Com maestria, Deimy teceu uma conexão entre essa rica história popular e a origem dos vitais aquíferos Jandaira e Açú, que abastecem nossa região. A atividade se transformou em uma autêntica aula de história viva, fortalecendo o senso de identidade e o orgulho pelas raízes de Potiretama, especialmente neste mês de celebração.
A paixão de Deimy pela história local contagiou a todos: “Essa história nos ensina a importância de cuidar da natureza, das árvores antigas como o pereiro, e da água que temos na nossa terra. Porque tudo está conectado, de um jeito que às vezes a gente nem imagina! A lenda da baleia da Caatingueirinha não é só uma história, é um aviso, um lembrete de que devemos respeitar e proteger a nossa casa, a nossa terra e os seus mistérios”.
Para tornar a experiência ainda mais vívida, os alunos participaram de uma encenação lúdica da lenda. Utilizando uma bacia com areia e água, eles recriaram o cenário do dilúvio e a chegada das curiosas baleias Açú e Jandaira, que seguiram a Arca de Noé.
A narrativa ganhou vida quando as crianças simularam o momento em que as águas baixaram e as baleias ficaram presas na areia. Com movimentos das mãos representando as caudas dos animais, eles observaram a formação de pequenas poças na areia, ilustrando como, ao longo do tempo, essas áreas deram origem aos nossos importantes aquíferos subterrâneos.
A imaginação dos pequenos exploradores foi ainda mais estimulada ao visualizarem o tamanho colossal da Arca de Noé, contrastando com a pequena representação na bacia. Essa reflexão os levou a compreender a necessidade de um espaço tão vasto para abrigar a família de Noé e uma infinidade de animais durante o grande dilúvio.
A contação da lenda na areia trouxe um toque especial à atividade. Com garrafas de água representando as baleias Açú e Jandaira, conduzindo as crianças pela jornada das baleias curiosas que seguiram a Arca. A medida que a areia era espalhada sobre as garrafas, simulando o recuo das águas, os alunos puderam visualizar o momento em que as baleias ficaram presas, cavando cada vez mais fundo.
A história culminou na explicação de que os locais onde Açú e Jandaira afundaram deram origem aos aquíferos, batizados com seus nomes. A menção ao antigo pereiro na Caatingueirinha, próximo a onde se acredita que Açú ficou preso, adicionou um toque de mistério à narrativa, com a crença popular nos sons de água e na floração diferenciada da árvore.
A mensagem final da lenda ressoou entre os participantes: a importância vital de preservar a natureza, as árvores centenárias e os recursos hídricos, pois tudo está intrinsecamente conectado. A história da baleia da Caatingueirinha se revelou não apenas como um conto folclórico, mas como um valioso lembrete do nosso papel na proteção do meio ambiente.
Ao final da enriquecedora manhã, as crianças com energia e o entusiasmo dos alunos foram a maior prova do sucesso dessa imersão na história e cultura local, celebrando o aniversário de Potiretama de uma forma verdadeiramente especial e educativa.
Comentários
Postar um comentário